sexta-feira, 5 de abril de 2013

"Casulo, uma intervenção trans..."


O espetáculo será realizado na Estação da Lapa, gratuitamente, dias 6 e 13 de abril, às 21h.
Foto de Divulgação: Fonte página do espetáculo no facebook
 

O espetáculo "Casulo, uma intervenção trans..." apresenta o universo simbólico da população LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e simpatizantes).
 
A concepção e encenação são do ator e diretor Ângelo Flávio, que nesta nova montagem problematiza uma discussão transversal entre direitos humanos, identidade, diversidade, cidadania, afirmação e negação dos gêneros através de uma linguagem que funde ficção e depoimentos verídicos da população LGBTs.

Na fábula, Zsolo, que é um cantor de rock viril, se apaixona pelo companheiro de trabalho chamado Dhila. O parceiro diz que a única forma de ter seu amor correspondido é se ele se transformar em mulher. Quando Zsolo atende o pedido do seu amor e se transforma em Marion, causa no parceiro estranhamento e espanto, despertando a discussão sobre dialética da estranheza que o universo LGBT causa na sociedade.
 
Marion e Sizolo - Foto: Tito Casa
 

O diretor e ator Ângelo Flávio explica por que escolheu a Estação da Lapa como ambiente para encenação do espetáculo: “a Lapa é um espaço de trânsitos...Quando recebi o Prêmio Braskem em 2004 eu fui para a Estação da Lapa pegar o "pernoitão" e, fiquei de 1h30 às 3h esperando o ônibus com o Prêmio nas mãos, todos me olhavam, inclusive eu, que pensei: um ator premiado vulnerável na madruga. E foi bom, pois não houve espaço pra deslumbre, a realidade gritava em minha cara e, naquele momento, eu disse: ainda venho aqui re-significar este lugar. Chegou a hora."
Confira o teaser do espetáculo clicando aqui
 
Para o diretor e ator Ângelo Flávio, que saiu travestido no carnaval de Salvador e visitou boates LGBTs para fazer o laboratório do personagem, a novidade do espetáculo teatral é misturar ficção e realidade, em um formato de doc-ficção em teatro.
O cenário foi idealizado pelo cenógrafo e artista plástico Marcos Costa, com ambientes como o lar, as ruas, o palco, o plano dos sonhos, a moradia dos personagens, os espaços onde a poesia da lembrança e a solidão concreta se encontram e ganham vida. A concepção do figurino de Rino Carvalho segue por essa tangente. A trilha sonora fica por conta de Maurício Lourenço e será executada ao vivo por uma banda, com músicas autorais e outras de compositores consagrados.

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